As personalidades tipográficas e a sua aplicação no mundo digital
“All typefaces are historical” Jonathan Hoefler
“All typefaces are historical” Jonathan Hoefler
Para a maioria das pessoas, a tipografia pode passar despercebida, contudo, é algo que nos rodeia todos os dias, a toda a hora, desde o nosso blog preferido que lemos logo pela manhã, aos cartazes de publicidade com que nos cruzamos na rua a caminho do trabalho, ao livro que lemos no final do dia.
A escolha da tipografia, ainda que possa parecer uma preocupação secundária, é na realidade central para a coerência gráfica e conceptual de qualquer marca. Se considerarmos a anatomia das letras de uma dada typeface, todos os cantos e recantos foram desenhados deliberadamente, para que, não só resultem, como um todo, numa experiência esteticamente harmoniosa para o leitor, mas que acima de tudo, o levem a fazer determinadas associações, consciente ou inconscientemente. Seguem alguns exemplos de typefaces e das emoções que podem despertar no leitor. De um modo geral as typefaces podem ser divididas em 5 categorias:
1. Serif: Typefaces serifadas, associadas à tradição, ao clássico, à respeitabilidade. Alguns exemplos: Times New Roman, Georgia, Garamond;
2. Sans-serif: Minimilistas, modernas, clean. Fonts que despojadas de elementos supérfluos. Vão directas ao assunto. Alguns exemplos: Helvetica, Arial, Century Gothic;
3. Script: Typefaces trabalhadas e ornamentadas, as que mais se assemelham a fonts “escritas à mão”. Geralmente associadas a elegância, feminilidade são fonts que exprimem sentimentos de proximidade e de conforto. Entre os exemplos, encontramos Lucida Script, Zapfino, Lobster
4. Modern: Typefaces sleek, simples e legíveis, Futura, ITC Avant Garde, Klavika, são alguns exemplos.
5. Display. São sem dúvida, as mais decorativas e expressivas, dadas as suas características estilísticas, tendem a ser mais utilizadas de um modo mais pontual, como em logos. Cooper Febre, TAN - NIMBUS.
Ao escolher uma tipografia para a sua marca, convém ter sempre em mente a presença digital, por exemplo gostará de a ver no seu website, ou nas suas redes sociais? Será que reflete a essência da sua marcas; é user friendly? tem boa leitura em ecrã? São todas questões válidas a considerar e é importante ter consciência que o que funciona bem em papel, num ambiente estático, pode não funcionar necessariamente bem em web.
A tipografia utilizada num website tem um enorme peso na experiência do utilizador. Se um website tem como objectivo ser um elo de ligação e de comunicação entre uma marca/ produto/ serviço e o seu target, caso os utilizadores tenham dificuldade em ler a informação que lhes está a ser apresentada, o website não cumpriu a sua função. Jamie Juliver do Hubpost resume esta questão de uma forma muito simples:
“If a website’s typography works, we won’t notice. If it fails, chances are we’ll bounce off the page”
De um modo geral, uma tipografia mal adequada ao ambiente web, poderá ter efeitos nefastos nos key performance metrics de um website e comprometer a sua taxa de conversão.
Além de ser legível, há um conjunto de pontos assentes na experiência do utilizador que deverão ser considerados ao se escolher uma web font para o seu website:
Em suma, cada tipografia conta uma história e é importante escolher aquela que está alinhada com a personalidade da sua marca. Contudo, no processo de decisão, convém ter em mente a aplicabilidade da tipografia escolhida ao ambiente web e o impacto que terá na presença digital da sua marca. Esta é apenas uma das peças do puzzle, para garantir que o seu site tem os melhores resultados possíveis, descubra se o seu website cumpre os 5 sinais de que o seu site está bem feito!