O mesmo se aplica ao contexto profissional, onde este princípio se mantém. A escolha de um fornecedor ou parceiro vai além de um orçamento competitivo. Em última análise, a fiabilidade advém de um sentido de segurança e de confiança, sendo isso que transforma um simples serviço a uma verdadeira solução.
Neste contexto, a confiança numa relação profissional atua como uma ponte que liga a visão à execução, tendo o poder de transformar não só a fluidez e eficácia dos processos, mas também a qualidade dos resultados.Neste sentido a criação destas pontes torna-se essencial em qualquer relação profissional. A confiança é o alicerce da fiabilidade sobre a qual se constroem projetos de excelência.
No livro The Trusted Advisor, David H. Maister destaca a importância central da confiança no sucesso de um projeto, sublinhando que esta precisa ser conquistada e cultivada. “A sinceridade, tal como a percebemos, está relacionada com intenções; assumimos que vem de dentro. No entanto, os nossos clientes só conseguem avaliar a sinceridade através de comportamentos visíveis.” Este argumento reforça a ideia de que as pontes de confiança são construídas pelo esforço consistente em ações observáveis — atenção ao detalhe, escuta empática e ativa, cumprimento de promessas, entre outras.
Esta perspetiva é especialmente relevante na gestão de projetos: cada reunião, e-mail ou entrega representa uma oportunidade de excelência para fortalecer ou, inversamente, comprometer a confiança do cliente no serviço que prestamos. Quando as ansiedades e preocupações do cliente são genuinamente ouvidas e compreendidas, e a a equipa demonstra fiabilidade através da consistência e qualidade das entregas, a hesitação dá lugar à colaboração.
É neste alinhamento entre expectativas e resutaddos, que os tabuleiros da ponte movediça se baixam permitindo atravessar a estrada da confiança. Afinal, como afirma David H. Maister em The Trusted Advisor, “a fiabilidade é a experiência repetida de ligações entre promessas e ações.” Desta forma, relações profissionais fundamentadas neste tipo de confiança transcendem as baseadas apenas em obrigações contratuais., Criam-se processos mais suaves,melhores resultados e sobretudo, uma porta aberta à inovação, uma vez que o cliente confia que que os seus objetivos continuam a ser a principal prioridade.
Tenho testemunhado este “dividendo de confiança” em primeira mão: o cliente que confia é mais aberto ao diálogo, mais recetivo ao feedback, menos ansioso perante imprevistos, mais disponível de forma geral e menos propenso a exigir alterações desnecessárias.
Ao promover uma cultura de confiança, cria-se o espaço descrito por Stephen Covey, no livro The Speed of Trust, como um ambiente que inspira criatividade e fomenta novas ideias, alinhando a competência ao caráter de quem lidera.. Cultivar proximidade com o cliente não é apenas uma estratégia, é antes empatia em ação. No final, é esta ponte de confiança que eleva os projetos e, consequentemete, o impacto é visível no produto final e sentido ao longo de todo o percurso que fazemos juntos.