De acordo com um estudo da Ledgeview Partners de 2020, 75% da credibilidade dos sites está relacionada com o design (UI) e a experiência do utilizador (UX).

Não vamos hoje definir exaustivamente estes termos, mas é sempre bom relembrar que a Experiência do Utilizador (UX) é medida pelos níveis de interação que existem com os conteúdos dos sites, muitas vezes confundida com o Interface de Utilizador (UI), ou seja, o Design. O UX é um conceito muito mais amplo. A experiência global de um utilizador não depende apenas do design, sendo este, claro, uma das suas componentes mais relevantes.

Então, um dos grandes desafios e fatores chave da diferenciação quando se desenvolve um site está relacionado com a compreensão que a equipa tem das necessidades de cada cliente e do conhecimento do respetivo target/utilizadores. São estes os dois principais tópicos que tornam cada projeto único e especial.

No entanto, e por ordem de prioridade, uma das primeiras preocupações é perceber quais as principais dificuldades dos utilizadores para que se possa trabalhar e melhorar a sua experiência de navegação. Para isso, temos de nos colocar no seu lugar. É, por isso, fundamental ter um bom briefing para aumentar a possibilidade de criar um espírito de empatia com os utilizadores. Quando um web designer consegue compreender as suas necessidades e dificuldades, sentir o que sentem, ver “através dos seus olhos”, consegue ir mais longe na inovação e desenvolver o UX e UI de forma a que todos consigam tirar o melhor partido.

Um design top e disruptivo é importante sim, a própria inovação desempenha um papel crucial na conceção do UX, no entanto deve, por vezes, ser limitada para não correr o risco dos seus utilizadores não serem capazes de tirar o melhor partido dela. E o que o ajuda a perceber a extensão ou a própria necessidade destas limitações gráficas? Ter uma equipa criativa dedicada, compreensiva, capaz de desenvolver uma forte empatia com cada projeto, cada cliente, cada utilizador.

Algumas dicas importantes a implementar que contribuem para o desenvolvimento desta “inteligência emocional” na construção do UX:

• Pesquisas: perceber quais as dificuldades, requisitos, expectativas e receios do utilizador. Fazer um estudo das principais métricas do Google Analytics e uma conversa com a equipa de projeto ajudam sempre neste tópico.

• Ter uma equipa multidisciplinar: diferentes perfis em cada projeto, porque a diversidade vai ajudar a encontrar diferentes opiniões e a identificar os requisitos de múltiplos utilizadores que irão facilitar e aumentar a empatia.

• Pedir opinião a outros: abordar pessoas fora da equipa de projeto pode dar contributos valiosos e ajudar a resolver algumas hesitações no decorrer do processo criativo. Há que ser modesto e aceitar que com a ajuda de todos, o resultado vai ser ainda melhor, mesmo que nem sempre vá ao encontro da ideia inicial.

Fica o desafio: para pensar do ponto de vista de um utilizador e chegar a um resultado que satisfaça as suas necessidades, sem esquecer os objetivos de negócio, é importante ter vontade de construir a empatia no desenvolvimento do UX e estar aberto ao feedback, rodeado de uma equipa com as pessoas certas.