Neste mundo acelerado em que as mudanças ganharam um ritmo que desafia a velocidade da luz, os agentes de mudança ganham um papel ainda mais importante e complexo.
Um agente de mudança é uma pessoa, de dentro ou de fora da empresa, que ajuda a transformar a forma como a empresa opera. São líderes ou colaboradores capazes de motivar os seus pares, influenciar equipas, alinhá-los com a estratégia e arrastá-los para essa mudança com convicção e empenho.
Mudar é desafiante e obriga a estudar coisas novas, implica saber ouvir o mercado, os clientes e o mundo para rumar na direção certa. “É quando nos fechamos na nossa zona de conforto que o crescimento estagna.”, diz Herby Hancock - Guru do Jazz.
Uma empresa só muda se as suas pessoas mudarem, só evolui se as suas pessoas evoluírem, só arrisca se as suas pessoas arriscarem e só faz a diferença se as pessoas a quiserem fazer.
É essencial identificar os agentes de mudança de uma empresa e dar-lhes voz. As características que os definem são: o entusiasmo e a paixão; a liderança pelo exemplo; a capacidade de ouvir e receber ideias; o pragmatismo; a persistência e paciência; e o respeito que lhes é reconhecido pelos outros.
O papel dos agentes de mudança é crítico numa organização e assenta na capacidade de “fazer diferente e levar os outros a querer fazer diferente também”. Têm de conseguir comunicar de forma ativa porque é que a transformação é uma boa ideia tanto para a empresa como para as pessoas que nela trabalham.
Para que haja adesão à mudança é essencial:
- Informar sobre "o que essa mudança significa para mim? ... e em que é que posso beneficiar pessoalmente com ela?"
- Motivar respondendo a perguntas como “que reforços existem para eu conseguir mudar? Terei apoio? Terei mais tempo para me habituar aos novos processos?”
- Partilhar conhecimento para reinventar a forma de fazer as coisas
- Incentivar e dar confiança à implementação da mudança em projetos específicos e dar feedback imediato da performance conseguida nos mesmos.
Na área criativa e tecnológica todos gostamos de acreditar que somos inovadores e “open minded” mas na verdade a mudança é uma palavra que provoca, à maioria das pessoas, um sentimento de aversão e desconforto imediatos. As empresas são feitas de pessoas e os novos procedimentos que fogem à rotina, as abordagens e ideias que surgem para servir um mercado veloz e gerar novas fontes de rendimento, salpicam as equipas simultaneamente de entusiasmo e receio.
A capacidade de uma empresa se reinventar é essencial, a capacidade de identificar os agentes de mudança que vão na linha da frente a “apontar o caminho e a puxar o barco” é fundamental.