A Maria tem um dom natural para transformar dúvidas em soluções, tornar claro o que parece confuso e pensa minuciosamente na melhor abordagem para cada desafio. A sua objetividade faz com que não goste de perder tempo — muitas vezes, já tem a resposta antes mesmo de a pergunta ser concluída. Eficácia é a ordem do dia, e a esta equação junta uma cabeça altamente criativa e people centered.
O otimismo da Maria é o impulso inicial de todos os projetos em que se envolve; mesmo quando o desafio se intensifica, garante que o resultado é positivo.
Embora observe mais do que pergunta, consegue entender a sua equipa “de longe e de caras” adaptando-se ao feitio de cada um. A atenção que dá a cada cliente, é a mesma que dedica a cada pessoa da equipa no dia a dia ou a organizar momentos de team building fora do escritório para que fiquem bem guardados na memória de cada um.
- Se pudesses ter um superpoder qual seria e como é que o usarias?
Parava toda a gente no tempo, e só eu é que podia andar. Sempre que quisesse, congelava tudo o resto, andava só eu por um momento e depois voltava a acordar os outros. Só sinto isto na vida profissional, não aplicaria à vida pessoal.
- Um livro que recomendas?
Recomendo dois, na verdade: A Breve Vida das Flores, que é maravilhoso, e Tudo é Rio. Deste último, destaco o momento em que a mãe deixa uma carta à filha. A carta daquela mãe é uma coisa incrível!... só de falar fico arrepiada.
Comecei a ler tarde, talvez pelos trinta anos. Mas há já há algum tempo que tenho um grupo de ‘poetas’ que se reúne mensalmente para jantar, beber copos e falar do livro, o que significa que atualmente leio um livro por mês, o que é muito bom.
- Se pudesses voltar atrás no tempo, que conselho darias a ti própria?
Como presunção e água benta cada um toma a que quer, não diria nada. (risos)
A dar algum conselho só daria pessoal, nunca daria profissional. O caminho profissional de cada um é feito exclusivamente com base na capacidade de evoluir pessoalmente. Acredito que as duas coisas estão interligadas.
Mas daria conselhos aos mais novos, tipo: não deixes passar o tempo para as coisas que são verdadeiramente importantes para ti. Não te distraias! … se tens um bebé pequenino, vai buscá-lo à escola. De resto apenas: Deixa rolar!
- O que é que tu gostas de fazer para relaxar depois de um dia de trabalho?
Sentar-me numa esplanada e beber um copo de vinho. Com companhia, não gosto muito de estar sozinha, não procuro, nem sinto falta.
- Qual foi a coisa mais aventureira que já fizeste ou gostarias de fazer no futuro?
Gosto de adrenalina controlada, ou seja, gosto de montanhas-russas, mas nunca me atiraria de um avião ou de uma asa delta.
A coisa mais aventureira que já fiz, em termos emocionais, foi ter ido a pé a Santiago. Fiz o ano passado, embora achasse que nunca o faria na vida. Não sou uma pessoa de andar, mas atualmente já faço caminhadas. Na altura, tive de me preparar, porque não gosto de deixar os outros mal. Ia com cinco amigas “fitness” e não queria obrigá-las a ficar para trás. Não era algo que achasse que ia gostar, mas adorei.
- Se a tua vida fosse um filme, qual seria o título, e que ator escolherias para te representar?
Seria um romance, porque sou uma pessoa muito "cor-de-rosa". Acabava sempre bem, até porque quando os filmes acabam mal, nem sequer os vejo. A atriz seria seguramente a Julia Roberts; o ator, talvez o George Clooney ou o Richard Gere. Quanto ao título, não sei dizer… Na verdade, gostaria que fosse A Vida é Bela, mas este tem uma conotação triste... Mas acaba bem! Adorei o filme, e na verdade a mensagem é bela. De forma particular quando o Guido diz: Buongiorno, Principessa! Ho sognato tutta la notte con te.
- Se te dessem uma semana de férias com tudo pago amanhã, que sítio escolherias?
Escolhia ficar em Portugal e fazer um festão! Sempre que posso prefiro fazer uma festa a viajar. Juntar pessoas, em qualquer sítio maravilhoso do nosso país. Estaria a semana em Portugal a preparar essa festa e pouparia o dinheiro da viagem para poder convidar as minhas pessoas.
- Se pudesses trocar de cargo com alguém na Softway por um dia, quem seria e porquê?
Trocaria com a Maria Cunha, para saber como é que ela me vê. Trocava de lugar com ela para conseguir, durante uma semana, olhar para a empresa e para mim própria pelos olhos dela. Escolho a Maria Cunha porque é a mais nova e porque não tem papas na língua quando quer de facto dizer alguma coisa.
- Qual é a música que adoras e que nunca te cansas de recomendar?
Seguramente a música Loucos do Matias Damásio. Foi a música que abriu a festa dos meus 25 anos de casada. “Mas o mundo nos chama loucos” — mais piroso não há, mas eu acho que aquilo é que é a vida. Adoro!
- Qual foi o melhor conselho que recebeste até hoje, e quem foi que to deu?
Deu-me o meu pai, e foi uma lição de vida. Quando há muitos anos, o escritório foi assaltado; chegámos lá de manhã e não havia nada. Não havia um computador, cadeiras, … nada. Éramos muito novos e ainda poucos, talvez quatro ou cinco pessoas. Perante aquele cenário, lembro-me como se fosse hoje, sentei-me no chão e liguei ao meu pai. Ao explicar-lhe o que tinha acontecido, ele respondeu: “… Olha, e cabeça tens? E mãos, continuam aí? Então é arregaçar as mangas e começar outra vez.” E assim desligámos o telefone.
Aprendi muito! Levantei-me e assim o fiz. A vida vai tendo destes momentos. É arregaçar as mangas e seguir em frente.
- Que profissão gostarias de ter se não trabalhasses na Softway?
Eu poderia trabalhar em qualquer área ou sector. Quando era nova e fiz os testes psicotécnicos, a conclusão foi sempre a mesma: "Pode fazer o que quiser, desde que trabalhe com pessoas. O seu perfil é para gerir pessoas." A Softway foi uma feliz circunstância, mas, na verdade desde que o trabalho implique gerir pessoas e projetos e liderar, sou feliz. Sou filha de um Pai líder e de uma Mãe presente, é a realidade que conheço.
- Qual é o teu maior sonho?
Vou fazer minhas as palavras de uma amiga, que hoje, ao conversar comigo, disse: "O meu maior sonho é viver para sempre com o meu marido e ver os meus filhos felizes." O meu também é exatamente este; não tenho outro maior.
Esperamos que esta entrevista seja uma inspiração para todos os leitores do nosso blog e que tal como a Maria, sejam líderes que conciliam autenticidade e compromisso, orientando assim o caminho para o sucesso.